quarta-feira, 9 de março de 2011

Meu soneto torto ao leo


O passarinho saiu do ninho

Ele viu que cresceu

Me aparece aqui de oclinhos

Assim vejo que ele envelheceu


Antes as penas brancas sem pretinho

Minha cabeça a enlouquecer

Sem este pássaro no meu ninho

Que cresceu e voa ao anoitecer


Outrora o sentimento era espinho no peito

Sem jeito, faca dura, malvada

Tão constante era o pensamento que o levava ao leito


Hoje não sofro mais os espinhos daquela massada

Apesar da ausência do passaro imperfeito

O coração segue tranquilo uma dança compassada.


Daiane Monteiro

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