Para Bordot e Dayer... que me entendem louca!
De repente me vi à beira do precipício, de olhos fechados, influênciada pela força de muitos ventos, por muitas direções diversas me empurravam.
Fiquei. Permaneci. Continuei.
Olhos fechados, me concentrando no meu interior negro, breu de mim, encerrado por minhas pálpebras, procurei minha sanidade na minha escuridão, e se abrisse meus olhos... ah se abrisse... me poderia tentar o Sr. Precipício, aquele louco. Eu guardo em mim o mistério da minha escuridão, e ele, o Precipício guarda em si a Loucura.
E é assim que eu estou... a um passo da Loucura, essa minha amiga intrigante a qual eu temo.
Não sei o que pensar da loucura, as vezes penso que ela seja um espírito mais velho que enlouquceu de tanto estar, por isso que neste precipício é onde eu estou mais perto dela, pois estou com a sensação de estar sem rumo. Quando quero entrar num ônibus sem saber para onde ir e sem me interessar com o destino... é lá que eu estou de olhos fechados... sem tomar decisão de abri-los...namorando a minha Loucura "alucicrazy"... exaurindo meus feelings querendo gritar até perder a voz, até não estar mais aqui.
Costumava pensar que a Loucura é uma coisa ruim... mas hoje eu sei que ela pode ser a única coisa que temos, como quando eu estou com mania de perseguição, a Loucura é tudo que tenho quando todos estão contra mim... claro ela faz isso... me vira contra todos e me deixa pensar que ela é minha única amiga.
Ainda assim... ela é o que eu tenho de mais normal... pois já mais de uma pessoa me disse que sem uma dose da Loucura, e muita normalidade alguma coisa anda mal.
Não abrirei meu olhos para ver-te de frente, encarar-te...mas ficarei a um passo de ti....Loucura de nome e Sábia por sobrenome.
Hasta Luego!!!!
