quinta-feira, 23 de junho de 2011
Pra dizer quando você chegar....
Nosso silêncio deve combinar
Quero intercalar,
Depois de falar
Quero calar.
Vou continuar livre, voar pelo teu céu...
Depois de voar,
Em você
Vou descansar.
Para os meus pés ainda é difícil tocar o chão
Me ajude a voltar
Se eu achar chato
Quero que você toque o violão
Vou me sentir insana...
As vezes embriagada, dopada, doente
Quente, febril, mas vou querer cantar
Apaixonada, vou preferir lá com baixa em sol
Daiane
domingo, 19 de junho de 2011
Meu eu alado
Criei asas, voo livre... amiga da liberdade!
O indumentário concedido deve ser em tudo utilizado...
Aceito a responsabilidade de vestir minhas mãos,
Esforço-me, já que visto estas pernas
E com força...
E com força...
Com força empurro o chão com o pé que visto...
Impulsiono...
Movo o corpo em razão dos pés que visto.
Cobrindo, delimitando meu eu vesti meu corpo
Condicionada...
Condicionada ganhei asas... e voei simplesmente
Aceito a responsabilidade de vestir minhas mãos,
Esforço-me, já que visto estas pernas
E com força...
E com força...
Com força empurro o chão com o pé que visto...
Impulsiono...
Movo o corpo em razão dos pés que visto.
Cobrindo, delimitando meu eu vesti meu corpo
Condicionada...
Condicionada ganhei asas... e voei simplesmente
Fui assumida, usando as asas a mim concedidas
Com elas desfiz vínculos,
Destruí.
Minhas asas se agitam, têm vontade própria...
Por minhas asas se vê em mim a liberdade
Assustadora
Liberdade assustadora
Sem rumo, ás vezes...
Minhas asas sempre
Não criei vínculos, criei asas...
Daiane Monteiro
segunda-feira, 6 de junho de 2011
ERRADO & IMAGINADO
Ele cantava e eu imaginava que o fazia pra mim. O querer me invadiu.
E agora sinto que so porque eu o quero o tenho. Porque gosto, tenho.
Daiane
E agora sinto que so porque eu o quero o tenho. Porque gosto, tenho.
Daiane
quarta-feira, 9 de março de 2011
Meu soneto torto ao leo
O passarinho saiu do ninho
Ele viu que cresceu
Me aparece aqui de oclinhos
Assim vejo que ele envelheceu
Antes as penas brancas sem pretinho
Minha cabeça a enlouquecer
Sem este pássaro no meu ninho
Que cresceu e voa ao anoitecer
Outrora o sentimento era espinho no peito
Sem jeito, faca dura, malvada
Tão constante era o pensamento que o levava ao leito
Hoje não sofro mais os espinhos daquela massada
Apesar da ausência do passaro imperfeito
O coração segue tranquilo uma dança compassada.
Daiane Monteiro
terça-feira, 8 de março de 2011
O que de mais importante...
Se eu me olho e vejo em minha alma uma poetisa de mais importante o que tenho é uma caneta velha de sempre, o tipo que persegue, que por vezes pensei em jogar fora na hora da limpeza, mas não joguei, porque ela é minha companheira e não menos companheira que o papel.
Minha alma poeta te da um papel rabiscado com palavras que só escrevo para preencher o vazio desses pensamentos que esquecem quem você e aprisiona a sua figura atrás dos meus olhos. Do mais importante te dou dessa minha alma de poeta.
Se eu me olho e vejo em minha alma uma atriz, de mais importante que eu tenho é o meu papel. Articulo meu corpo e voz, me ajustar para ser escrava do meu papel com muito prazer, quero ser a personagem, andar com ela, dormir com ela. É o mais importante, mas...
Minha alma atriz te dá o papel, melhor te faz o papel para me fazer estar ao redor de ti, te estudando, para melhor falar e articular ao teu favor...
Se me olho e me vejo cantora, te dou minha voz em letra e música, minha expressão balanço, meu sorriso cantado, as notas todas sem desafinar com os "bemóis" e "sustenidos".
Mas se me vejo gente, só sei dar-te a mim, e como não pude, busquei um jeito de ver por dentro, mas naquele jogo de te ver revelei a mim mesma. Me deixei no descampado daquela noite, sem me importar com frio toque da lua. Eu tava em desvantagem, fui revelada, traída por meus olhos. Por entre meus olhares a chuva caía e te dei aquele instante. Porque foi o que de mais importante encontrei.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Ao Leo
Quando te vejo triste
Vejo o que de fato existe
Há uma irritação sem tato
Há um silêncio chato
Que não toco, mas sinto.
Uma nuvem cheia invade
Meu peito querendo chover
Uma inquietação gritante
querendo saber
Grito com o corpo
Me levantando e indo até você
Preciso te ouvir, tirar de dentro
Sua gota triste e
Espanto por fim minha nuvem
Inquieta nuvem.
Daiane Monteiro
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